jueves, 13 de diciembre de 2012


Enquanto Diego Renan teve ano ruim na Toca, Marcos Rocha terminou em alta no rival
Enquanto Diego Renan teve ano ruim na Toca, Marcos Rocha terminou em alta no rival
13/12/2012 - 06h03

Apesar de campanhas distintas, rivais mineiros devem insistir em atletas que irritaram torcedores

Bernardo Lacerda e Gabriel Duarte
Do UOL, em Belo Horizonte
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Apesar das campanhas distintas de Atlético e Cruzeiro em 2012, torcedores dos rivais mineiros terão de “engolir”, na próxima temporada, com jogadores que foram duramente criticados durante o ano e que, provavelmente, serão mantidos em 2013.

Gilberto Silva e Leandro Guerreiro admitem virar zagueiros, mas dependem dos técnicos

  • Washington Alves/Vipcomm
    Volantes de origem, Leandro Guerreiro e Gilberto Silva foram deslocados para a defesa em 2012 e gostaram de atuar na posição. Os dois admitem trocar de função na próxima temporada pelo bom rendimento que tiveram e também pensam na mudança, devido à idade. Segundo eles, atuar no meio exige mais velocidade para acompanhar meias e atacantes. Ambos dependem, no entanto, do aval dos seus novos treinadores e correm o risco de se tornarem opções para o banco.
Não faltam exemplos nas duas equipes mineiras de atletas que não deixaram uma boa imagem com o torcedor, mas que ganharam crédito nos rivais. No Atlético, Guilherme viveu às turras com o torcedor alvinegro, mas sempre foi um dos “queridos” de Cuca e deve seguir no grupo alvinegro.
No grupo celeste, a lista de quem não teve boa relação com a torcida é maior. O volante Charles não suportou a pressão e demonstrou nervosismo, chegando até a chorar, durante a partida contra a Ponte Preta, no Independência, ainda no primeiro turno do Campeonato Brasileiro.
Devido às vaias, o volante pediu ao técnico Celso Roth para ser substituído, mas foi mantido no gramado e saiu para o intervalo chorando, sem dar entrevistas. No dia seguinte, Charles pediu desculpas aos torcedores e jurou amor ao Cruzeiro.
“Tinha errado dois, três passes, não vejo problema nisso. A gente é ser humano e erra também. Fiquei nervoso, fiz aquele gesto, pedi ao Celso (Roth, técnico) para me tirar, porque não estava com a cabeça. Naquele momento não tinha cabeça, aí empatamos o jogo, todos os jogadores vieram e aí que comecei a chorar”, explicou o jogador na ocasião.
Além dele, outros conviveram com a desconfiança dos torcedores. O lateral esquerdo Diego Renan “sofreu” com as vaias e foi perdendo espaço ao longo do Brasileiro. O zagueiro Rafael Donato e o volante Sandro Silva também encontraram rejeição dos cruzeirenses e podem até não ficar para a próxima temporada.
Enquanto o Atlético foi campeão mineiro e vice do Brasileirão, que lhe valeu vaga direta na fase de grupos da Libertadores 2013, o Cruzeiro nas passou das semifinais do Estadual e das oitavas da Copa do Brasil, além de terminar o Campeonato Brasileiro em nono lugar.
Reviravolta
Perseguido pela torcida durante a temporada, Richarlyson encerrou o ano aplaudido pela torcida atleticana e ouviu pedido de “fica”, após a vitória por 3 a 2 no clássico com o Cruzeiro. O volante renovou o contrato e vai para a terceira temporada no clube mineiro.
No primeiro semestre, ainda pelo Campeonato Mineiro, o jogador acreditava que as vaias eram perseguição de algumas pessoas. "Se fosse pela sequência de jogos, o Cuca não seria idiota e não iria me colocar para jogar. Todo mundo sabe que é perseguição. Mas já vivo isso há tanto tempo na minha vida e não vai ser hoje que vou encarar isso de maneira diferente”, comentou Richarlyson, após sofrer vaias na primeira partida da final do Campeonato Mineiro contra o América-MG, em maio.
Outro que enfrentou problemas com a torcida atleticana foi o lateral direito Marcos Rocha, que chegou a ser vaiado durante a temporada, mas também terminou o ano em alta.
Revelado na base do Atlético, Marcos Rocha foi emprestado à Ponte Preta e ao América-MG antes de retornar ao clube alvinegro e se destacar na temporada, a ponto de ser eleito o melhor lateral direito do Brasileirão, em premiações da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e da Revista Placar.
A reviravolta de Everton não foi tão grande, mas o jogador encerra o ano como um dos melhores do Cruzeiro. Acostumado com as vaias, o jogador conseguiu melhorar a relação com a torcida celeste a partir do final do primeiro turno do Brasileiro.
Com as boas atuações, ele se firmou na lateral esquerda, sendo improvisado na posição, já que é volante de origem. As boas atuações demoveram o clube celeste até de buscar dois jogadores para a posição, e contratou apenas Egídio para o próximo ano.
Foto 1 de 22 - Guilherme durante treino do Atlético-MG na Cidade do Galo (6/11/2012) Bruno Cantini/Site do Atlético-MG

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